8 de agosto de 2010

Fuga

  A vontade de fugir me deixa exaltado diante dos fatos. Fugir da humanidade, para uma casa à beira mar, com o bater das ondas na areia branca, com a lua cheia se espelhando na imensidão negra dos atos humanos. Onde o mar e o céu se estende por um só, com luzes entre seu meio, barcos de pesca ao meu ver. 
  Queria fugir dos estudos talvez, não sei para que servirão daqui um tempo e encontrar um método eficaz de cultivá-los e qualquer outro local unido a solidão seria ideal. Queria fugir dos pré-conceitos impostos por qualquer humano que tenha a mente ligada a sociedade trágica. Queria fugir da moda e seus costumes imbecis, junto com eles as mentes pequenas que como forma de sobrevivência usam a nova "cultura". Fugir do sol em alguns dias, das metas, da humilhação, da falsidade, da mentira.
  Fugindo eu resolveria meus problemas, mas acabaria com minha vida. Fugindo poderia esquecer minha vida e com isso não viver. Fugindo poderia morrer, morte esta da alma, do sentimento, mesmo sendo pouco e sincero para algumas pessoas escolhidas a dedo. 
  " Poderia fugir do mundo, mas o mundo não conseguiria fugir de dentro de mim. Espero a pá e os sete palmos no chão com sonhos na cabeça e ódio no coração.  "




B. Bellato

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