9 de março de 2010

Minha primeiríssima postagem: Jefferson Airplane - Surrealistic Pillow (RCA-Victor LPM/LSP 3766 - 1967)


Jefferson Airplane - Surrealistic Pillow

Bem, como essa é minha primeira postagem, resolvi fazer algo simbólico. Esse disco não é apenas mais um de muitos discos cultuados dos anos 60, mas, além de ser indubitavelmente uma obra-prima da psicodelia de San Francisco, foi também o meio pelo qual conheci o Jefferson Airplane, qua veio a ser uma das minhas bandas favoritas ao lado de Queen, The Beatles, The Who, ente outros. Lançado originalmente em Fevereiro de 1967 pelo selo da RCA (o mesmo de Elvis Presley, David Bowie, entre outros), foi um dos percursores do movimento Flower Power, influenciando varias bandas da época como The Byrds e The Mammas & the Pappas, mas seu legado não apenas musical. Surrealistic Pillow foi o primeiro album bem sucedido de uma banda de San Francisco, anunciando ao mundo a cena boêmia ativa que havia se originado lá com os beats nos anos 50, e se estendendo e mudando durante os anos 60 para a contracultura de Haight-Ashburry. No ano seguinte, em 1968, a cena musical de San Francisco havia mudado drasticamente em relação a cena de 1966, ano em que o disco foi gravado. Mas a história do Jefferson Airplane não começou por aqui. No ano anterior, eles ja tinham um disco lançado chamado "Jefferson Airplane Takes Off!", que não se destacou muito na época por ser bastante similar as outras bandas de electric-folk da cena musical da California. Mas após o fracasso comercial do 1º album, a formação original da banda mudou: sai a vocalista Signe Toly Anderson, entra Grace Slick, a voz realmente famosa da banda, que antes disso era vocalista do "The Great Society", e o baterista Alexander 'Skipp' Spence deixa a banda para se juntar ao Moby Grape, dando lugar a um baterista de Jazz de Los Angeles, Spencer Dryden. Essa se tornou a formação clássica que se tornou famosa durante o final dos anos 60, no auge da lisergia. O disco é de um modo geral baseado em uma fusão de folk-rock com psicodelismo, mas as musicas são bem diversificadas musicalmente, com influencias de blues (Plastic Fantastic Lover), Country (My Best Friend), Folk (Today), e puro psych-fuzz como se nota em White Rabbit e Somebody To Love. O disco teve participação de Jerry Garcia, guitarrista do "Grateful Dead", que na época levantou controvérsias a respeito de seu contrato com a Warner, tendo créditos em um disco lançado pela rival RCA-Victor. O disco alcançou a 3ª posição na Billboard's Pop Albums Chart (nada mal para o segundo disco de uma banda independente). Ah, e foi através desse album que eu descobri o real significado da palavra "Psicodelia", quando eu tinha meus 10 anos e mal sabia o que era Rock.

TRACKLIST:
Side One
1. She Has Funny Cars (Jorma Kaukonen, MArty Balin) 3:14
2. Somebody To Love (Darby Slick) 3:00
3. My Best Friend (Skip Spence) 3:04
4. Today (Marty Balin, Paul Kantner) 3:03
5. Comin' Back To Me (Marty Balin) 5:23

Side Two
1. 3/5 Of A Mile In 10 Seconds (Marty Balin) 3:45
2. D.C.B.A. -25 (Paul Kantner) 2:39
3. How Do You Feel (Tom Mastin) 3:34
4. Embryonic Journey (Jorma Kaukonen) 1:55
5. White Rabbit (Grace Slick) 2:32
6. Plastic Fantastic Lover (Marty Balin) 2:39

MP3@192Kbps: Download


"Remember what the doorman said: feed your head."

Nenhum comentário: