25 de abril de 2011

Aos cinco minutos para uma segunda feira

Sinto vontade de sumir freqüentemente, mas não é para o meu bem, é para o bem alheio mesmo, me importo mais com as pessoas ao meu redor do que comigo mesmo. Em meia hora, vou tentar descrever o que se passa comigo neste tempo mal humorado de um final de feriado santo, que de santo teve apenas o meu cansaço rotineiro de administrar mal a minha vida.
Dependendo do estágio de depressão que me encontro (digo estágios porque não é algo perpétuo, e sim muito flexível com as ocasiões, deste modo não é uma depressão) sinto uma profunda perda de pessoas, uma má consideração delas comigo e uma barreira cheia de grandes problemas, que calados pela questão sociológica não são resolvidos.
Sinto grande medo do futuro, talvez ele não exista para mim, nunca se sabe do futuro, este a Deus pertence, mas caso ele falhe em algumas situações, tomamos a posse de nosso destino e nos encontramos numa corrida cheia de obstáculos extremos, feitos de coisas não-concebidas por nós em falhos momentos.
Quero deixar clara a vontade de sumir, o medo de perder e de não atingir os objetivos da vida e a situação lamentável sobre posições a tomar dentro da sociedade não me deixam a vontade nem sequer dentro de minha própria casa. Desejo sumir como um pássaro que migra nos verões para nunca suportar o frio, o frio de nossos corações, frio de nossas palavras sinceras, frio de nossos rostos arquitetados de sarcasmo, frio de um futuro onde pessoas não se amam mais, apenas se suportaram, unindo diferenças por uma razão precisa: Se reproduzir.
Devolvam-me as nossas memórias juntos, devolvam-me meu coração cheio de lamentações, devolvam-me a segurança e a coragem de prosseguir, devolvam-me a vida da qual eu era feliz e nem sabia... 


B. Bellato (vulgo O Bellatore)

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