16 de agosto de 2012

Amo-te


“Esta é a primavera do meu amor
A segunda estação que eu conheço
Você é a luz solar em meu crescimento
Tão pouco calor que antes eu senti.”

Eu te amo. Descobri que te amo de outra maneira, outra forma, outro mundo... Descobri o que é o amor que todos falam, ou na verdade descobri o marasmo da vida sem a tua presença, o contentamento distante de fatos idôneos e o sorriso do acordar de uma noite de sonhos utópicos.
Mas por que te amo? Se tua forma, se teu jeito e teu pensar são tão diferentes de mim? Eu te amo porque a vida tornou o mundo sem graça, e você, com teu não saber das minhas secretas  ideias conseguiu meu verdadeiro sentimento amigo. Mas não é só por isso que te amo.  Ao contrário dos idiotas amantes do século antigo, te amo pelo simples fato do acontecer do amor, pois sendo minha primeira paixão, deixo de amar-lhe para amar-me, pois agora me conheço, e sigo ainda que doloroso, um mundo solitário, mas sóbrio.
Conhecendo pouco este amor, podendo-me expressar de poucas formas, amo-te por causa de teu sorriso largo, fazendo pequenas covas em suas bochechas. Amo-te por seu modo de exclamar a situação com voz firme e alta e não se importando para os alheios, sendo assim ator de coragem, obra da qual não possuo.  Amo teus cabelos e pelos negros, lembrando boêmio quando tu vestes alvo. Mas prefiro o negro, que causa o efeito maior e lhe deixa com ar de audácia.
Amo teus pés largos, tuas pernas douradas, tuas costas pequenas, mas convexas, teu rosto juvenil e teus olhos de guerra. Amo mais quando me toca, mesmo que sem intuições, pois sinto o teu calor, o teu viver, que de tal forma modifica o meu viver, como se pudéssemos compartilhar os mesmos anseios. Amo quando me abraça, mesmo sendo raros os abraços, mas sinceros.  Mas o que mais amo é quando falas que me ama. Mesmo nem sabendo que não lhe amo da mesma maneira que tu.
Amo-te, pois queria ser tu, estar no teu lugar, mas contento-me com tua presença, pois mais vale um contato que tua ausência, não deixando assim meu mundo em um desabar de esperanças.  Amo-te, pois és o único que não traz tristezas.


B. Bellato

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