“Esta é a primavera do
meu amor
A segunda estação que
eu conheço
Você é a luz solar em
meu crescimento
Tão pouco calor que
antes eu senti.”
Eu te amo. Descobri que te amo de outra maneira,
outra forma, outro mundo... Descobri o que é o amor que todos falam, ou na
verdade descobri o marasmo da vida sem a tua presença, o contentamento distante
de fatos idôneos e o sorriso do acordar de uma noite de sonhos utópicos.
Mas por que te amo? Se tua forma, se teu jeito e teu
pensar são tão diferentes de mim? Eu te amo porque a vida tornou o mundo sem
graça, e você, com teu não saber das minhas secretas ideias conseguiu meu verdadeiro sentimento
amigo. Mas não é só por isso que te amo.
Ao contrário dos idiotas amantes do século antigo, te amo pelo simples
fato do acontecer do amor, pois sendo minha primeira paixão, deixo de amar-lhe
para amar-me, pois agora me conheço, e sigo ainda que doloroso, um mundo
solitário, mas sóbrio.
Conhecendo pouco este amor, podendo-me expressar de
poucas formas, amo-te por causa de teu sorriso largo, fazendo pequenas covas em
suas bochechas. Amo-te por seu modo de exclamar a situação com voz firme e alta
e não se importando para os alheios, sendo assim ator de coragem, obra da qual
não possuo. Amo teus cabelos e pelos
negros, lembrando boêmio quando tu vestes alvo. Mas prefiro o negro, que causa
o efeito maior e lhe deixa com ar de audácia.
Amo teus pés largos, tuas pernas douradas, tuas costas
pequenas, mas convexas, teu rosto juvenil e teus olhos de guerra. Amo mais
quando me toca, mesmo que sem intuições, pois sinto o teu calor, o teu viver, que
de tal forma modifica o meu viver, como se pudéssemos compartilhar os mesmos anseios.
Amo quando me abraça, mesmo sendo raros os abraços, mas sinceros. Mas o que mais amo é quando falas que me ama.
Mesmo nem sabendo que não lhe amo da mesma maneira que tu.
Amo-te, pois queria ser tu, estar no teu lugar, mas
contento-me com tua presença, pois mais vale um contato que tua ausência, não deixando
assim meu mundo em um desabar de esperanças. Amo-te, pois és o único que não traz tristezas.
B. Bellato
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