O navio em péssimo tempo sucumbia-se diante a maré viva e sombria. Os marinheiros em torno do mastro oravam e suplicavam piedade aos deuses de um oceano sem fé.
- Capitão, o que faremos agora? - Amedrontado um jovem indagou ao mestre do barco.
O capitão, exausto de tempestades, farto de seus medos e quase se entregando a fraqueza respondeu subitamente diante do caos:
- Se o marinheiro tem fé ore, se o marinheiro estiver desesperado chore, se o marinheiro quiser morrer que abandone o navio, mas guarde consigo a coragem que te levaste até aqui, pois será ela que será honrada ao mérito quando estivermos em solo firme.
Calado o jovem se pôs ao posto de um mastro e permaneceu em silêncio até que a tempestade se amenizasse.
B. Bellato
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