19 de agosto de 2009

Eu, fotografias , lágrimas e as paredes

Escrever neste Blog é como me confessar para simples paredes... Paredes frias, sujas, úmidas, escuras, rústicas. Minha vida muda a cada tapão de moral levado na cara dado pelo mundo. Não sinto mais alguns sentimentos que contagiam o mundo e o deixam com expectativas de esperança.  Não sei ondes está a felicidade, a felicidade foi embora sem ao menos dizer adeus e já o sentimento de culpa entrou sem mesmo bater na porta. As conclusões que você têm sobre assuntos delicados e pessoais são como agulhadas dadas em uma eutanásia animal. Primeiro veio a anestesia geral, logo após aquela puta de uma agulha grossa com um tal de liquido que para os batimentos cardíacos.  


Minhas injeções não tiveram a mesma substância, mas sim uma parecida, minha anestesia foi uma simples mistura de ingratidão, carência, infidelidade e sobrecarga profissional. Já a tal injeção da parada cardíaca ainda estão em fases de pesquisa. Estão dentro desta algumas substancias como tortura, dor, anomalia pessoal, culpa, ódio, ignorância e por último  para completar a fórmula o suicídio, só que o mesmo ainda não sabem a dosagem certa. 


Creio que Deus já assinou meu atestado de desencarnação espiritual, mas não posso tirar o arbítrio divino para chegar ao nirvana que tanto falam por ai. A situação piora a cada segundo,  calafrios de bipolaridade me rondam a cada hora. Remédios psiquiátricos não me ajudaram muito, estou em um labirinto sem saída chamada vida, meu novelo de lã  acabou há um tempo atrás e quando fui voltar a entrada ela não estava mais lá. 


A sobrecarga (ou podemos chamar de pressão emocional) está estacionada ao lado da angustia , as pessoas não mudaram , quem mudou fui eu. Como eu sempre fui o centro do mundo e ele muda ao meu redor, eu tenho toda a culpa possível, pois então tenho que fazer por merecer para recuperar um leite já derramado e infiltrado no solo. Ou então meu amigo demo me espera. 


Nunca fui tão rude com as pessoas que apenas querem o meu próprio bem, eu estou caindo cada vez mais no poço das ilusões mal interpretadas. Minha mente não ouve mais, não enxerga mais, não sente mais. E o que eu posso fazer perante a este desenvolvimento suicida? Eu simplesmente estou exausto de pensar e só me vem uma unica ideia: NADA. 


Meu desabafo exagerado não perduram nas palavras que realmente quero escrever, apenas me ajudam a fazer algo nesta quarta fria e modorrenta. Olho as fotos preta e brancas imprimida no sulfite amassado e olho para o passado desgastado com o maldito tempo que deixou marcas. As coisas mudam, as pessoas mudam e eu também mudei. Mas minha evolução não foi como a planejada. 


Espero que as pessoas me entendam com o tempo. Ou o tempo faça eu entender as pessoas. 


Me ensinaram que mesmo estando ruim com o resto do Universo sempre agradeça. Obrigado.







"A mudança é a lei da vida."



B. Bellato



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