2 de dezembro de 2010

LUTO - AS COISAS SUPÉRFLUAS

Precisava colocar isso para fora de algum modo e queria que tal modo fizesse algo para ajudar a salvar seja lá o que restasse depois de tal acontecimento. Vocês que lêem podem não compreender em nenhum momento, ou talvez até em alguns, mas para agora às 2:57 da manhã o que faz a diferença é eu fazer algo com que a dor, mesmo sendo insuficiente à pessoa que dedico este post, seja amenizada.
Sabe, não reparamos nas coisas supérfluas que a vida nos ensina com o tempo, na verdade não a vida em si, e sim as pessoas com que convivemos. Talvez a solidão que havia em alguns momentos façam com que meus pensamentos pensem o motivo de que aconteceu tal tragédia em uma hora onde tudo poderia ser tão feliz, mas não estou aqui para falar sobre os motivos que me deixaram extremamente puto da vida, estou aqui parar falar sobre coisas supérfluas...
Não reparamos que se não fosse coisas supérfluas não aprenderíamos se virar neste mundo tão injusto. Talvez um jogo de cartas faça com que você se aventure entre certos grupos sociais e faça com que conheça pessoas, talvez um simples gesto culinário pode lhe salvar todas as tardes da fome e da entrega aos estudos durante o período noturno, talvez até uma simples brincadeira que pegasse mal, fosse tão alegre, feliz e excitante quanto qualquer porcaria que eu pudesse deixar pra lá. Não reparamos nos momentos que passam pela nossa vida como um raio, nos ensinamentos que muitos consideram algo como simples porcarias, nas ruas que caminhamos entre uma hora e outra, nas lojas, bares, parques, tudo ao nosso redor, principalmente as pessoas que passam por nossa vida.
Eu já havia sofrido um tipo de perda que poderia ser fatal para algumas pessoas, mas era pequeno demais para entender, então me perguntava em alguns dias brisados o que aconteceria se alguém com que tenho contato, seja lá qual for o grau, fosse me deixar e dar um adeus como realmente tal palavra significa. Entre a virada de dia 01 para 02 eu soube como é a dor da perda. Soube que lidar com essas situações são complicadas demais, e a perda, que tanto disse, seja lá das coisas tão supérfluas ou importantes em que temos em nossas vidas fosse fazer tanta falta em primeiro momento.
Esta homenagem pode não ser escrita pelo parça com que você mereça, com as palavras com que você mereça e nem com o tempo que você mereça, mas ainda guardo e sempre guardarei nossas recordações não tanto importantes, nossos gestos de carinhos, nossos sorrisos unificados, nossos momentos íntimos e também guardarei comigo as nossas coisas supérfluas. Descanse em paz já que se fez hora. Pois o galo chora em vez de cantar ao amanhecer do dia.

Em luto assino: Bruno Bellato Martins 

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