13 de junho de 2011

Corações a parte, eu prefiro o Valentim


Há algumas semanas que eu não posto dentro desta página, na verdade eu postei porcariadas há algum tempo atrás, nada que preste, evidentemente. Passo ainda por momentos difíceis, mas não é por causa dos tais que devo abandonar um importante meio de comunicação com a sociedade como este, eu espero que este blog dure muitos e muitos anos.
Mas este não é o assunto da semana. Estou de saco cheio mesmo é de ver corações de tons de vermelho intenso, flores fedorentas que atacam qualquer alergia referente ao espaço nasal de um ser humano, perfumes de “gostos” de maçã verde, algodão doce e morango caramelado, desodorantes de vários estilos de atletas e chocolates em formatos de que lembram uma data muito especial para os jovens sedentos de explodir seus hormônios com algo: O dia dos namorados.
Data esta, que não faz sentido algum dentro do meu país, falo meu, pois também sou dono de um pedaço de terra deste covil. O dia dos namorados começou no exterior por causa de um santo chamado São Valetim, que era um bispo que realizava casamentos em segredo na época onde amar era proibido em Roma. Valentim foi preso, e por sua fama várias flores e cartas eram jogadas em sua cela, Valentim se apaixonou por uma cega, filha do carcereiro, onde segundo a história ela recuperou sua visão após uma carta de amor que o bispo assinou como “De seu Valentim” expressão ainda hoje utilizada. Valentim foi decapitado em 14 de Fevereiro de 270 depois de Cristo.
Até aí tudo bem, mas alguém trouxe essa data para o Brasil, do qual se fez tornar um belo de um “affaire” publicitário para o longo período após dias das mães que existia sem nenhuma oportunidade de ganhar dinheiro facilmente, sendo que a data brasileira é comemorada no dia 12 de Junho, um dia antes do dia de Santo Antonio, o santo casamenteiro brasileiro trazido de Portugal.
E onde fica o Valentim nessa história? Talvez preso novamente, mas preso por não alcançar certas fronteiras mundiais, perder lugar para um santo de festa junina, de bolos gigantescos e de copos de água para tortura. E os namorados, coitadinhos deles, entram na onda do agrade seu par, e gastam dinheiro para comemorar uma data onde nem sequer sabem de onde veio. Talvez se o povo brasileiro soubesse a verdadeira intenção da data, as pessoas comemorassem esta bendita de outra forma, e não com balões em formato de corações e beijos na boca com mãos naquilo e aquilo nas mãos.
Feliz dia dos namorados, feliz véspera de Santo Antonio, feliz engana trouxas apaixonado e feliz dia de São Valentim atrasado.

B. Bellato (vulgo O Bellatore)

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