7 de outubro de 2011

Rock in Rio - Eu fui [Parte 01 - Episódio 09]



Se eu fosse para contar para vocês, meus caros leitores, com todos os detalhes, a história do meu sonho realizado, estas postagens se tornariam um livro. De pequenos capítulos obviamente, mas ainda assim, um livro.
Tudo começa na quase meia noite de Sábado para Domingo (Dia 01 para o dia 02). Coloco no meu Media Player aqui no computador, uma música da qual gosto muito do Renato Russo, “Ainda é Cedo”, que também foi executada por Frejat na noite de Sábado no Rock in Rio. Aquele refrão chiclete me fez relaxar o possível naquele momento. (O que era muito difícil). 23h45min da noite saía de minha casa em direção ao caminho da felicidade.
No carro, papai, mamãe, maninha e eu, em direção ao ponto de partida da excursão. Quase dormindo de tédio, o suficientemente ao ouvir o rádio local mais culto da região, fui surpreendido com a versão live de “Love of my life” do nosso Freddie Mercury, aquela saudosa música que marcou a história do festival. Enfim, ao final da música, meu pai me chamou e disse para eu olhar ao ônibus da frente, especificamente na sua placa. EUV-065* (EU VO).
Chegando lá, mamãe me abraçou com vontade, chorou e fez aquela marmelada toda. Entrei na fila, dei meu nome ao Abreu, peguei um bóton e entrei no ônibus com ar condicionado, banheiro e uma poltrona confortável (Inclusive na volta). Todos entravam e nem se quer olhavam para mim, foda-se, estava indo para o Rock in Rio, não se importando com muita coisa. Colocaram o acústico do Korn no DVD, adormeci às quase duas da manhã. Paramos em um desses “Graal” quatro, quatro e meia, não desci, fui mijar no banheiro do ônibus mesmo.
Continuamos o passeio, agora sem DVD, todos no escuro, ouvindo o barulho dos caminhões de carga passando ao lado do ônibus. Adormeci e só acordei com o Sol no rosto às sete da manhã, agora já no Rio, passando talvez em uma das favelas do complexo do Alemão, pois via os novos teleféricos funcionando. Após um longo trajeto, percebi o auto diminuindo a velocidade. Abreu nos deu uns papéis, não me recordo o que estava escrito, mas era algo do tipo:
“CUIDADO, VOCÊ NÃO ESTÁ NA SUA CIDADE, GUARDE TODOS OS PONTOS DE REFERÊNCIA POSSÍVEL”.
Abreu explicou que nosso ônibus ficaria no terminal Alvorada, guardado em um canto escondido, nada que atrapalhasse alguma coisa, afinal, não era só o nosso ônibus que ficaria ali. Também explicou sobre o sistema de transporte de lá, eu tinha que comprar o Rio Card, para pegar um ônibus até a Cidade do Rock. O cartão custava 10 reais e vinham três passes, assim o governo do Rio, mas especificamente o município já roubava um pouco do nosso mísero dinheirinho.
Desci do ônibus sem um rumo específico, conheci Meire e Lilian, conversamos sobre outras vezes que Meire esteve no Rio (Uma delas com os primos no show dos Rolling Stones em Copacabana). Fomos usar o banheiro na rodoviária, e também da mesma excursão que a minha, conheci Adiel e seu irmão Roberto, que estavam esperando a Aline.
Conversamos um pouco mais (todos juntos), até que vimos que a fila (na verdade uma imensa multidão sem nenhuma organização) começava a se formar, pois o sistema de compra e carregamento de passes só abre às 9h30min no Rio. Após ficar alguns minutos esperando (das 8 às 9 aproximadamente), conseguimos embarcar no ônibus que nos deixava próximo a cidade do Rock. Já com protetor solar no corpo e café da manhã tomado (uma lata de refrigerante e uma bolacha Negresco), chegávamos ao local todos felizes. Tiramos algumas fotos em um outdoor e avistamos o tamanho da fila. Eram dez da manhã quando entramos na fila do Rock in Rio, e só às duas da tarde que aquela fila que estava ali começaria a andar. Tínhamos algum tempo para fazer algo. 

Continua...

B. Bellato (vulgo O Bellatore).

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