Se eu
fosse para contar para vocês, meus caros leitores, com todos os detalhes, a
história do meu sonho realizado, estas postagens se tornariam um livro. De
pequenos capítulos obviamente, mas ainda assim, um livro.
Tudo
começa na quase meia noite de Sábado para Domingo (Dia 01 para o dia 02).
Coloco no meu Media Player aqui no computador, uma música da qual gosto muito
do Renato Russo, “Ainda é Cedo”, que também foi executada por Frejat na noite
de Sábado no Rock in Rio. Aquele refrão chiclete me fez relaxar o possível
naquele momento. (O que era muito difícil). 23h45min da noite saía de minha
casa em direção ao caminho da felicidade.
No
carro, papai, mamãe, maninha e eu, em direção ao ponto de partida da excursão.
Quase dormindo de tédio, o suficientemente ao ouvir o rádio local mais culto da
região, fui surpreendido com a versão live de “Love of my life” do nosso
Freddie Mercury, aquela saudosa música que marcou a história do festival.
Enfim, ao final da música, meu pai me chamou e disse para eu olhar ao ônibus da
frente, especificamente na sua placa. EUV-065* (EU VO).
Chegando
lá, mamãe me abraçou com vontade, chorou e fez aquela marmelada toda. Entrei na
fila, dei meu nome ao Abreu, peguei um bóton e entrei no ônibus com ar
condicionado, banheiro e uma poltrona confortável (Inclusive na volta). Todos
entravam e nem se quer olhavam para mim, foda-se, estava indo para o Rock in
Rio, não se importando com muita coisa. Colocaram o acústico do Korn no DVD,
adormeci às quase duas da manhã. Paramos em um desses “Graal” quatro, quatro e
meia, não desci, fui mijar no banheiro do ônibus mesmo.
Continuamos
o passeio, agora sem DVD, todos no escuro, ouvindo o barulho dos caminhões de
carga passando ao lado do ônibus. Adormeci e só acordei com o Sol no rosto às
sete da manhã, agora já no Rio, passando talvez em uma das favelas do complexo
do Alemão, pois via os novos teleféricos funcionando. Após um longo trajeto,
percebi o auto diminuindo a velocidade. Abreu nos deu uns papéis, não me
recordo o que estava escrito, mas era algo do tipo:
“CUIDADO,
VOCÊ NÃO ESTÁ NA SUA CIDADE, GUARDE TODOS OS PONTOS DE REFERÊNCIA POSSÍVEL”.
Abreu
explicou que nosso ônibus ficaria no terminal Alvorada, guardado em um canto
escondido, nada que atrapalhasse alguma coisa, afinal, não era só o nosso ônibus
que ficaria ali. Também explicou sobre o sistema de transporte de lá, eu tinha
que comprar o Rio Card, para pegar um ônibus até a Cidade do Rock. O cartão
custava 10 reais e vinham três passes, assim o governo do Rio, mas
especificamente o município já roubava um pouco do nosso mísero dinheirinho.
Desci
do ônibus sem um rumo específico, conheci Meire e Lilian, conversamos sobre
outras vezes que Meire esteve no Rio (Uma delas com os primos no show dos
Rolling Stones em Copacabana). Fomos usar o banheiro na rodoviária, e também da
mesma excursão que a minha, conheci Adiel e seu irmão Roberto, que estavam
esperando a Aline.
Conversamos
um pouco mais (todos juntos), até que vimos que a fila (na verdade uma imensa
multidão sem nenhuma organização) começava a se formar, pois o sistema de compra
e carregamento de passes só abre às 9h30min no Rio. Após ficar alguns minutos
esperando (das 8 às 9 aproximadamente), conseguimos embarcar no ônibus que nos
deixava próximo a cidade do Rock. Já com protetor solar no corpo e café da
manhã tomado (uma lata de refrigerante e uma bolacha Negresco), chegávamos ao
local todos felizes. Tiramos algumas fotos em um outdoor e avistamos o tamanho
da fila. Eram dez da manhã quando entramos na fila do Rock in Rio, e só às duas
da tarde que aquela fila que estava ali começaria a andar. Tínhamos algum tempo
para fazer algo.
Continua...
B. Bellato (vulgo O Bellatore).
Nenhum comentário:
Postar um comentário