“E quando se
menos espera, o mundo já o tornou como qualquer outro animal robotizado, cheio
de carência, e necessitando cada vez mais a fonte das ilusões carnais:
O maldito
dinheiro.”
É complicado voltar a escrever após algumas
semanas, ando perdendo minhas qualidades como um artista. As danças, a voz, a
escrita e até a leitura já começam a serem ausentadas da minha vida como
simples coisas que deixamos para trás. Mesmo sabendo que realmente não é isso
que eu quero pra minha vida. Mas não há muito que se fazer além de se conformar
por um tempo.
Ser forte. É o que eu mais desejo nos meus
principais momentos de reflexão, mesmo que sejam poucos. Trabalhar em uma das
áreas que você mais detesta, convencer sua própria mente a não se acomodar com
os acontecimentos e ainda estudar (ou tentar, nas minhas circunstancias) coisas
supérfluas para você passar em uma merda de concurso só pra você sair de outra
merda não é nem um pouquinho fácil, ainda mais quando se sente falta dos amigos
mais próximos, dos momentos mais felizes que já passou, dos relacionamentos
afetivos e da falta deles, entre muitas outras coisas que não se é possível nem
pensar na minha atual situação.
Penso sim que um dia isso tudo vai mudar, que vou
conseguir ser feliz acima de tudo, pois uma das únicas coisas que o dinheiro
realmente nos dá são verdadeiros e fiéis puxa-sacos. Aliás, nem isso, a maioria
dos ricos, usam o dinheiro como método de fuga, fugir de tudo o que os
incomoda, de uma maneira mais feliz que os pobres, mas parecidíssima. Eu só
quero mesmo é ser feliz.
Mas enquanto isso não acontece, a única coisa que
espero é ter paciência sobre os incríveis problemas que se acumulam numa vida
tão nova quanto a minha. Sei que sou um merda ainda, mas quanto mais cedo eu
amadurecer e entender como funcionam as coisas, menos eu sofrerei futuramente,
e isso é o que eu mais quero. Sofrer menos.
B. Bellato
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