29 de junho de 2012

Fechem as cortinas do mundo!


A vida tem lá aquela merda toda que te gruda na sola do seu sapato, também chamada de mente por alguns, o difícil mesmo é aceitar como você veio para este mundo, com tantas formas exageradas e negativas. Raras são as pessoas que conseguem enxergar o seu lado bonzinho dessa porra toda.
Chega uma hora que qualquer um cansa, e eu já meio que estou cansado um bom tempo, escondendo por intermédio de pequenas máscaras sociais o que eu realmente sinto, e quando eu acho um beco se quer para me descontrair, parece que o resto do pessoal com qual convivo diariamente, ou até os que eu vejo por pouco tempo, fazem questão de demoli-lo. Então, você aguenta, engole, se trata por meio de profissionais, e repete tudo isso novamente, entrando num ciclo sem fim de perversidade moral sobre o seu próprio ego, ou o que restou dele depois destes tempos.
Já na próxima fase, o paciente, seja eu ou qualquer inútil no mundo dos humanos felizes, sofre de constantes ameaças das pessoas que você ama, dizendo que você é fraco demais para certas coisas ou que é para você parar de graça porque existem pessoas passando fome, ou gritando por uma cirurgia entre muitas outras desgraças. Então, imaginando toda essa situação medíocre, percebe-se que a maioria das pessoas que abrem a boca pra tentar te colocar em um lugar melhor acaba te machucando ainda mais e fazendo com que o buraco fique ainda mais embaixo.
Batem-se as palmas para o último ato: O doente, ou o imbecil mesmo, se recolhe no quarto, lembra-se do passado, das ultimas coisas boas que fez na vida, e escreve textos parecidos com esse citando frases como “Odeio minha família”, “não tenho amigos” e “deveria ter pensado nisso antes”.  Quanto ao final, há os felizes, de vitórias e adaptações para os meios sociáveis do planeta, os que não terminam em nenhum lugar e os fúnebres mesmo, da melhor categoria dos suicídios.
Pena que eu ainda não quero terminar o meu enredo.


B. Bellato

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