8 de julho de 2012

Quero um novo papel na novela!



Tentando escrever o que sinto, mas talvez não conseguindo, eu sigo minha vida de coadjuvante. Sempre agindo como tal, afinal, sou um e não nego. Sendo este o tema deste post eu prossigo minha reflexão tendo um ponto de referencia: A ira.
Meus dias não são os mesmo desde que descobri que sou um mero coadjuvante da vida que vivo. Sim, a vida é minha, mas vivo ás custas alheias. O problema agora seria sair dessa situação horrível. Pensadores e filósofos já diziam que vivemos à custa dos outros, mas sempre os servindo, porém o que eles não conseguiram explicar é que o espírito de cada um necessita de um alívio, de uma independência e de meros retalhos de egocentrismo, pois o que é uma vida sem você ser o centro de tudo?
Consegui vivenciar por muitos anos, esconder a verdade, talvez até me acostumar com certas situações, mas agora, que tenho 19 e que tudo vem para a garganta, é impossível continuar segurando uma coisa da qual te aflige a todo mundo. Não consigo ser o segundo, não consigo ser o imbecil que fica ao lado prestando atenção em tudo e cuidando, não consigo ser eu mesmo, pois fazem aproximadamente 6 anos que não aguento mais ser o que sou por causa de certas pessoas.
Cansei de estudar pra satisfazer os outros, de ajudar quem não merece, de não conseguir o que mereço só porque ando atrasado de tudo. Não sou um Zé ninguém, jamais serei, mas às vezes canso de escrever roteiros por aí, sendo que não consigo ter muita importância ao assinar como minha obra.
Ninguém se importa se é você ou o outro que fez, que é. As pessoas importam realmente se você é bonito, simpático, de ótima índole, família, ou at´[e mesmo se você sabe conduzir bem uma porra de uma cantada besta. As pessoas querem sempre o galã das nove, o garanhão do haras, o safado da putaria. Ninguém pensa no poeta meia boca, no dançarino mais ou menos, ou naquele que nem realmente bonito é.
As vezes sim sinto a falta de ser requisitado como tal, mas o problema é que não quero ser tratado como o marica que nada conseguiu, ou o brocha que nunca tentou, não quero que as pessoas tenham dó de mim, como nem tiveram dó de Cristo, quero mesmo é que as pessoas consigam viver suas vidas sem minha pessoa, deixando ao menos um pouquinho de paz, pensamentos e independência para uma pessoa que sempre quis ser o protagonista de algumas das melhores partes da sua vida, que só se aproveita uma única vez. Sinto que perco isso todos os dias. O difícil são as pessoas entenderem-me

B. Bellato

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