Eu não oro por qualquer coisa, não ando sentindo
qualquer grande dificuldade para orar. O que eu sinto não merece ser analisado
aos olhos de nenhuma divindade. Eu só realmente oro quando entro em desespero,
um método de urgência, uma saída segura de emergência nas horas que o calo
aperta.
Nas madrugadas em que passo acordado, olhando para o
teto cru, descubro a cada minuto o quão mais longe fico diante dos meus reais
sonhos. Maldita mania de perseguição, maldito complexo de inferioridade.
Enquanto permaneço percorrendo um caminho diverso de
esperado, atraso mais o que chamava de objetivos, pois agora o que tenho em
mãos é apenas o pó acumulado do antigo mês. Acho melhor eu já começar minhas
orações, pois já ando cansado demais em mentir para mim mesmo diante de todas
as situações presentes. Não sorrio mais.
B. Bellato
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