"Cada um é responsável por todos.
Cada um é o único
responsável.
Cada um é o único responsável por todos."
(Antoine
de Saint-Exupéry)
Vamos deitar, brincar de sonhar, tentar esconder a
realidade dos fatos pessoais, vamos colocar a culpa nas pessoas mais próximas,
colocar a culpa no destino, que mesmo tentando fazer com que nós sejamos
melhores, coloca obstáculos inultrapassáveis aos olhos de mentes fracas. Tentar
se esconder já não adianta mais, e tentar ser como eles só acaba ferindo-me.
Então o que querem de mim? Deixar-me louco? Mais insano do que já estou é quase
impossível.
Dias solitários, pessoas solitárias, será que
existe uma mão de compaixão nos dias de hoje? Será que o pai que trabalha,
sustenta a família, ainda pensa no que seus filhos passam, ou faz sua rotina
por mero comodismo? Será que a mãe, dona de casa, de família, leva seus filhos
para escola por vontade de vê-los crescer ou por vontade de livrar-se de berros
e birras típicas das crianças necessitadas de carinho? Não sei, não consigo
saber.
Só sei que me sinto só. O mundo me enoja. Tira meu
sono, meus sonhos e nos deixa lamentavelmente sem esperanças. Seu melhor amigo
de infância já não existe mais, os seus colegas de sala desapareceram, lealdade
e amizade verdadeira é indefinida nos processos profissionais, não se encontra
pessoas que pensam no amor...
Devo ser careta demais sendo único, pois quando
abro minhas concepções e opiniões para a maioria das pessoas ao meu redor, elas se
calam, não porque sentem o que eu digo, mas calam-se para ignorar o que ouvem,
e continuar sendo elas mesmas, escravas, filhas do mundo, grandes Gnus em busca
de nada, apenas viver aquela mesmice que sempre sonharam.
Vamos dormir, ao menos esquecemos por algumas horas
que este mundo não passa de uma selva, e ser único é sinônimo de ser sozinho. E
solidão não é sabedoria, é fraqueza.
B. Bellato
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