17 de abril de 2013

Fadiga


Cansei. Cansei dos fatos errôneos  das babaquices do coração, dos sonhos malucos encharcados de ficção quando o Sol refletir em meu rosto numa manhã de quarta. Cansei da tosse alérgica, da garganta inflamada, dos pés gelados e do café com leite requentado. Cansei do meu rosto marcado, das feridas invisíveis de um peito aberto e do pensamento onde quase ninguém imagina.
Imagine um mundo real, pena que ele mal existe. Se eu ando tão fatigado das lúcidas e breves relações com qualquer espécie do planeta, das verdadeiras amizades de duram horas, das boas ações mal calculadas e das paixões cruéis em que me rodeio raramente é porque o mundo serve apenas de cenário para a rotina intermitente do meu circulo de vida. Pena que o circulo mal existe.
Viver nada é mais do que deixar seus cacos de vidro no chão, alguém um dia pode prestar certa atenção, agora retirá-los do chão ou desviá-los do caminho não depende mais de ti. A vida tem suas confusões.
Sonhei com algo hoje que fez-me refletir sobre os extintos do nosso corpo. Uma mente vazia, um corpo são; uma mente cheia, um corpo estirado sobre qualquer colchão. Talvez seja por isso que a fadiga anda batendo em minha porta. Pena que ela mal existe como o mundo, é só impressão...

“Cansei de virar as páginas. Está na hora de mudar de livro.” (Caio F. Abreu)



B. Bellato

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