Não compreendo mais as estrelas, gigantes por si só,
mas pontos ao olho nu dos terrestres mortais. Gostaria a mesma guia que elas
possuem. Nascem e morrem por si só, vivem sobre a escuridão do universo, mas
possuem sua própria luz. Luz de estrela só se apaga com a morte.
Não compreendo o frio, que vêm e vai com o girar da Terra
sobre o Astro Rei. O império gelado que permanece sobre os meses tristes do
hemisfério sul, o frio tem sua beleza, mas mata. A real dor do frio só se
esquece com a morte.
Não compreendo a vida. Quem compreende a vida? Sábio
é aquele que vive sem encontrar razões para viver. A vida é ilumina, mas se
apaga. A vida é bela, mas mata. Mata os sonhos. Às vezes acho que sonhos são
engenhocas produzidas pela mente humana que se une o pensar de um futuro com as
mais belas noites mal dormidas. Sonhos são metas para alguns, sonhos são apenas
sonhos para outros. Não compreendo sonhos também. Assim como as estrelas, o
frio e a vida. Talvez sonhos não são necessários serem compreendidos. Freud
talvez mal tenha vivido procurando os significados dos sonhos.
Qual a real razão para se preocupar se não se
compreende os sonhos, o frio, as estrelas e a vida? Talvez seja a mesma razão
da qual o homem criou a roda, a utilidade. Se não há vida útil, não há
felicidade.
Talvez agora passe a compreender a felicidade. De um
dicionário intrapessoal, surge seu significado sobre o destaque da palavra:
FELICIDADE (Fe-li-ci-da-de)
- 10 letras
- 5 vogais
- 5 consoantes
Significado: A utilidade da qual
vive o ser humano. Sentimento do qual se produz a vida útil. O prêmio de
sonhos. O troféu de metas.
Fulano obteve felicidade quando descobriu o que significava a mesma.
Compreendo agora a felicidade.
Ainda faltam os sonhos, o frio e as estrelas. A vida eu deixo pra lá.
B.
Bellato
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