5 de agosto de 2013

Agosto

Já é Agosto, pertenço agora ao outro mundo por completo, perdi meus rumos, mas prossigo construindo outras chances em ser feliz como papéis de origami se transformando em lindos cisnes. Vidas são castelos de areia, que sucumbidos por uma maré alta acabam por se autodestruir com pouca água. Os humanos se destroem através das lágrimas.
Mas não choro mais, o choro tem seu papel de alívio, não possuo mais o que ser aliviado, eu possuo medo. Chega a ser estranho, mas não choro por medo, choro por perdas. E por engolir o angustiante sentimento de um passado quase sem vitórias, agradeço hoje por ser mais um dos guerreiros que tentam sublimemente entender o que se chama de futuro, por mero medo.
Já é segunda, e por menos apavorante que possa parecer, acordar no dia de amanhã fará com que eu me sinta ainda mais corajoso em partir para mais um passo importante em minha vida. Pode parecer balela, mas o mundo me fez mudar, acordar amanhã será acordar para uma vida de que nunca sonhei, mas que também nunca poderia imaginar em viver.
Recomeçar é ter esse gelado contraditório da ânsia batendo na porta do seu estômago. Serão mais anos de um recomeço sem fim, pois tudo o que se tem na vida é a esperança em não se fechar os olhos para sempre de um dia para o outro, sempre arrancando os melhores sorrisos de seu próprio rosto com as melhores satisfações, sejam elas simples e banais, ou mundanas e grandiosas.
Já é Agosto. A gosto que me faça sorrir.




B. Bellato

Nenhum comentário: