9 de setembro de 2013

Tristeza de Verão


Às vezes os humanos temem que as palavras não consigam transmitir os seus dilemas rotineiros. Não temo. Creio o que senti seja único, despertado ao menos uma vez na vida em cada um de nossa raça. Hoje sei que o vivenciamos em um período tão curto de tempo possa ser significativo apenas para mim, pois agora, sob o olhar de um cara “desapaixonante” por ser lotado de rotinas, consigo lhe entender. Não temos tempo para amar.
Mesmo que o amor seja apenas sentido, sem propósito ou concordância, sem caso ou descaso, sem ser ou não correspondido, não temos tempo para amar. Então, fugimos agora, tu neste navio entregue ao firmamento, e eu nos rumos indigestos de apenas mais uma rotina. Fugimos do real caso que a vida nos proporciona: Não amar.
Não dói em saber que continuaste como se tudo não aconteceu, a vida é feita de apenas mais um desses aprendizados bobos, que em um aspirar de liberdade se tornam especiais, pena, pois se pudesse escolher entre os fatos mais banais que vivenciei para serem importantes, escolheria você.
Creio que banal seja eu aos seus olhos, banal é tornar as nossas poucas vivências e momentos, em algo especial. Não foi banal à mim. Não fomos banais, apenas não deu certo. Não que eu aceite, mas engulo como mais um pedaço de tal torta canadense feita em terras tupiniquins, de que tanto provei, gostei, mas que não posso mais levar para a minha vida. Assim como a torta, tudo agora está distante.
Se hoje sonhei com você, seu novo caso e seu novo rumo, é para demonstrar apenas que continua comigo. Mesmo que não queira, não aceite, ou nem se importe. Pessoas não saem por completo de nossas vidas. Pessoas são únicas, paixões possuem únicos sabores, e defenderei você em meus sonhos, pois não dizemos adeus por completo, até breve sei lá, quem sabe... Só sei o que devo fazer agora é jamais deixar meu coração controlar minha mente.
Vá, cumpra seu destino arremessado ao vento, pois está vivo, em sua criança. E eu? Não cuido mais de mim, deixo que o destino faça o mesmo, arremesso ele ao mesmo vento, faço dele pó.  Mesmo sem aquele beijo de despedida nunca aconteceu, sei que quando tocar a nossa música e lembrar-se de mim instantaneamente, eu estarei em seu pensamento, ao menos por alguns minutos,assim como esteve nas minhas noites, como uma vaga lembrança triste de verão.


B.Bellato 

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