7 de abril de 2014

Um acróstico amanhecer


Mesmo assim, cedo, como as arruaceiras maritacas que cobrem o silêncio do céu da manhã envolto de gritos, eu também grito. Grito para dizer que mesmo cedo, já logo te amo, pois se mesmo no grito, maritaca não assusta, mal tem toda a importância, imagine eu.
E enquanto amanhece, nossas aves logo voam, a nos apresentar o paraíso, mesmo que não necessário, pois logo já o tenho, cedo, e agradeço que mesmo com o invejar de envoltos e os defeitos de rumos, ainda o vivencio a cada vez que lhe toco.
Sobre o paraíso, ainda o beijo, e assim sinto que o mesmo frescor das manhãs, já aparece quente, como o Sol que surge durante as horas matutinas de um novo dia.
Sol que só se apaga ao chegar da Lua, que exuberante aparece com o prazer do poente astro rei, mas nada que possa prejudicar a sua beleza, que como tu, mesmo escondido debaixo de escuras nuvens, ilumina minhas noites.
Ia ainda dizer de teus olhos, mas nada declaro ao que me cala com apenas um olhar, deixando-me tonteada qualquer ira sem válidos motivos.
Ainda espero, que o tempo para perceber que as maritacas são importantes, não tenha se acabado.
Se quiser, ainda assim, cedo, te mostro o que é ser feliz.


B. Bellato

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