10 de julho de 2015

O frio da dúvida

     Passa pela cabeça algumas dúvidas intercaladas com o a minha história até aqui. Será que sonhar é demais? Ou pisar no chão gelado é algo tão frio quanto os pés depois de uma caminhada? Não compreendo os sentidos que a vida toma. Os rumos que ela leva e as razões pra qual vivemos.
     Haverá algum dia do qual algo que escrevo a todo momento na fantasia da memória se torne realidade ou faça sentido?
     As horas são tristes agora, os convites para as noitadas se tornaram inválidos, os bons abraços se tornaram mensagens de parabéns e boas ações. Um tapinha nas costas de vai melhorar, vai dar liga na lama que se encontra, vai acontecer algo que te faça sorrir, esses são frequentes.
     Não sei se é piedade, se é cansaço, se é stress ou medo. Eu só sei que seguir a cada dia e cada momento é cada vez mais e mais complexo. E encontrar as fagulhas de desejo nesse mar de realidade é um dos milagres que espero do Senhor Bom Deus.
     E mesmo que a fé se sacuda sobre o gelado vento lá fora nesta madrugada eu prefiro continuar orando e tentando aceitar que solidão não dói.
 
     B. Bellato

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