28 de agosto de 2015

Desculpas ao vento

     Desculpas liberadas aos quatro cantos do mundo não fazem o real sentido. As peças não se encaixaram, os dilemas não foram resolvidos, a ausência não fazia tanta falta como se devia e os sentimentos prosseguiam embaralhados pela dúvida.
    Os lençóis poderiam suar durante todas as noites do ano, os sorrisos até que correspondidos, mas o alcançar não estava presente, os volúpeis desejos se apagavam com o tempo e a verdade devia vir rápida e estranha, assim como uma raposa que caça e mata sua presa silenciosamente. Eu matei seu sorriso.
     Compreenda o fato de que tentar compreender já faz de você especial, não é uma derrota. É um desencaixe. Sabe-se lá Deus de datas, paixões ou de ideias. Mas não se escolhe amar. Não se escolhe o fio, a liga, a corrente, a aliança.
     Se ela vir, ótimo, se não vier, prosseguimos de cabeça limpa. Sabendo que um dia nesse planeta algo fará sentido em algum bom momento.
     Quanto ao seu afeto, guarde com carinho, ele será muito bem vindo em portas que o mereçam. Pena que a minha prossegue trancada. Pelo menos as janelas da vida se abriram.

B. Bellato

2 comentários:

Elaine disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Elaine disse...

Mas algo que preciso passar, lei de causa e efeito, dividas de vidas passadas. Aceito a dor mesmo pedindo a Deus que arranque isso de dentro de mim, tenho que ser grata e é de coração que te abençoo. ����